
Hoje celebramos a Festa
da Visitação de Maria a sua prima Isabel. Maria enfrenta o caminho de sua vida
com grande realismo, humanidade e concretude.
Três palavras sintetizam
o comportamento de Maria: Escuta. Maria
sabe ouvir Deus. Atenção não é um simples ouvir superficial mas é ouvir cheio
de atenção, com acolhida, disponibilidade para com Deus. Maria está atenta a
Deus, escuta a Deus, mas Maria escuta também os fatos, lê os acontecimentos de
sua vida. Está atenta a realidade concreta e não fica na superfície, mas vai ao
profundo para acolher o significado. Decisão.
Maria não vive da pressa, da ânsia, mas como destaca São Lucas “meditava todas
essas coisas no seu coração” (Lc2,19). Também no momento decisivo da anunciação
do Anjo (cf. Lc1,26ss) ela também pergunta “como acontecerá isso?”, mas não se
detém nem mesmo no momento da reflexão, dá um passo a mais: decide.Ela não vive
da pressa, mas apenas quando é necessário vai rapidamente. Maria não se deixa
arrastar pelos acontecimentos. Não evita o esforço de decidir. Isso acontece
seja na escolha fundamental que mudará sua vida – “Eis aqui a escrava do
Senhor”-, seja nas escolhas mais cotidianas, mas também ricas de significado. O
episódio das núpcias de Caná (cf Jo2,1-11). Aqui também se pode ver o realismo,
a humanidade e concretude de Maria, que faz atenção aos fatos e aos problemas.
Ela vê e compreende a dificuldade daqueles dois jovens esposos, em cuja festa
faltou vinho. Ação. “Maria pôs-se em
viagem e foi depressa”. Apesar das dificuldades, das críticas que teria
recebido pela decisão de partir, não se detém diante de nada, ela parte
depressa. É a oração diante de Deus, que fala. A ação de Maria é uma conseqüência
de sua obediência às palavras do Anjo, mas unidade à caridade. Ela vai até
Isabel para ser-lhe útil. Esta sua saída de casa, de si mesma, por amor,
carrega o que tem de mais precioso: Jesus. Ela carrega seu Filho.
Para ver o artigo direto do texto original Clique