A liberdade
cristã vem de Jesus, não das obras humanas. O Papa Francisco desenvolveu sua
homilia nesta terça-feira, 11, a partir da Carta de São Paulo aos Gálatas para
então refletir sobre o Evangelho do dia, em que Jesus repreende um fariseu que
só dava atenção às aparências e não à substância da fé.
Ao doutor da lei
que criticou Jesus porque não havia feito o rito de purificação antes do
almoço, a resposta de Deus é clara, pontuou o Papa. “‘Vocês fariseus limpam o
externo do copo e do prato mas por dentro vocês estão cheio de avidez e de
maldade’. Jesus repete isso muitas vezes no Evangelho a esta gente: ‘vocês são
maus por dentro, não é justo, não é livre. Vocês são escravos porque não
aceitaram a justiça que vem de Deus, a justiça que nos deu Jesus’”.
Em um outro
trecho do Evangelho, Jesus pede que se reze sem que se seja visto, sem
aparecer. Alguns, notou o Papa, eram “caras de pau”, “não tinham vergonha”:
rezavam e davam esmolas para que lhes admirassem. O Senhor, ao contrário,
indica a estrada da humildade.
Francisco
enfatizou que o que importa é a liberdade que deu a redenção, que deu o amor,
que deu a recriação do Pai. “Aquela liberdade interna, aquela liberdade de se
fazer o bem escondido, sem tocar os trompetes, porque a estrada da verdadeira
religião é a mesma de Jesus: a humildade, a humilhação. E Jesus, Paulo diz aos
Filipenses, humilhou a Si mesmo, esvaziou a Si mesmo. É a única estrada para
nos tirar o egoísmo, a cobiça, a soberba, a vaidade, a mundanidade. Ao
contrário, esta gente que Jesus repreende é gente que segue a religião da
maquiagem: a aparência, o aparecer, fingir parecer mas por dentro… Jesus usa
para esta gente uma imagem muito forte: ‘Vocês são túmulos reluzentes, bonitos
por fora mas dentro cheios de ossos de mortos e podridão’”.
O convite do
Papa na homilia foi, em síntese, para rejeitar as aparências e viver a
verdadeira religião. Ele lembrou que Jesus chama a fazer o bem com humildade e
que a redenção vem por esse caminho. O próprio Jesus humilhou-se na cruz,
recordou.
“Peçamos ao
Senhor que não nos cansemos de caminhar por esta estrada, de não nos cansarmos
de rejeitar esta religião da aparência, do parecer, do fingir ser… E caminhar
silenciosamente fazendo o bem, gratuitamente como nós gratuitamente recebemos a
nossa liberdade interior. E que Ele proteja esta liberdade interior de todos
nós. Peçamos esta graça”.
Para ver o artigo direto do texto original Clique