São José era assim. (25 Reflexões sobre São José escritas por José, um Monge Trapista)


São José era Assim
 
25 Reflexões sobre São José 
escitas por José, um Monge Trapista

Prefácio

As páginas que se seguem não são um tratado didático sobre as virtudes e as excelências de São José, e muito menos um curso de história sobre o desenvolvimento progressivo de seu culto. São simples anotações sobre o lugar que o Senhor reservou a São José dentro do mistério do Verbo encarnado e da sua Igreja.
O ponto de partida é uma devoção pessoal por aquele cujo nome recebi no batismo. Procurei sempre conhecê-lo, o melhor possível, perscrutando as páginas do Evangelho em que ele é mencionado. Depois confrontei minhas meditações pessoais com a interpretação dos Padres e os ensinamentos da Igreja.
A pedido de várias pessoas, escrevi alguns artigos sobre São José para a Revue du Rosaire. Na ocasião do centenário de São José Padroeiro Universal da Igreja, o Revmo. Pe. Roland Gauthier, diretor do Centro de pesquisas do Oratoire Sain-Joseph de Montréal, pediu-me que retomasse esse trabalho e o concluísse. Eu o fiz, e hoje posso apresentar os resultados.
Servi-me de numerosos textos patrísticos, documentos pontifícios e informações diversas, publicadas ao longo de 20 anos, nos Cahiers de Joséphologie de Montréal. Além de minhas reflexões pessoais, incluí nessas páginas outras idéias sugeridas por amigos. Para a interpretação dos textos evangélicos, tomei como guia São Bernardo. Ele soube exprimir com acerto o que havia de melhor nos Padres do Oriente e do Ocidente.
Deus confiou em José dando-lhe a missão de cuidar de seu Filho e da mãe de seu Filho. José confiou em Deus aceitando essa missão, e realizando-a num ato sublime de fé.
Nesta época exaltante e inquietante que o mundo está atravessando, José de Nazaré surge como o homem da esperança. O célebre Dr. Chauchard disse, há pouco, para uma comunidade de monges: “Como tinha razão João XXIII, ao propor São José como o modelo de que mais necessitamos! Enfim, um homem normal, bem real e não uma utopia... Um jovem, modelo de esposo, apaixonado por uma jovem que as circunstâncias impedem de tratar segundo a norma conjugal. José, modelo de controle da sensibilidade e da afetividade a serviço do amor, no respeito e na ternura. Ele é o ideal da verdadeira virilidade em relação autêntica com a verdadeira feminilidade da Virgem Maria”.
Possam estas páginas ajudar a melhor compreensão da atualidade da missão de São José na Igreja: missão de silêncio, de confiança e de devotamento. Com José descobriremos melhor o papel confiado por Deus à Virgem Maria, numa compreensão mais rica da pessoa vivente e presente de Cristo Jesus.

Abadia de Sept-Fons

Festa de Todos os Santos – 1973



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